
Muito além da boneca, do carrinho e da bola
Há noventa anos, as crianças ganharam um espaço no calendário brasileiro: 12 de outubro. O Dia das Crianças foi definido pela lei federal proposta por um político carioca, o deputado federal Galdino do Valle Filho, de quem se sabe muito pouco hoje, exceto que dá nome a uma escola em Nova Friburgo, Rio de Janeiro. A data ficou 40 anos perdida no meio do calendário, até que uma fábrica de brinquedos decidiu lembrar aos pais que os pequenos tinham um dia reservado só para eles. Com anúncios em jornais e na televisão, a empresa lembrava que a melhor maneira de homenageá-los era dar o que meninos e meninas mais gostam: brinquedos. Para o comércio, a data só perde em importância para o Natal. Mas, naturalmente, as crianças têm direito a muito mais do que isso. Em 1959, o Brasil assinou na ONU a declaração de direito delas: educação, alimentação, saúde, família e, claro, recreação. Mas nada disso faz sentido se não for obedecido outro artigo dessa declaração.“Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa de amor e compreensão.”
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